a peça decorre.
depois de relativamente algum tempo em que eu e tu e a nossa história eram o pisar do palco, o avançar das circunstâncias fez-me sair de cena.
estás tu, o palco e a cortina vermelha diante os meus olhos.
estou sentada, e como o habitual, escolhi o lugar onde a minha vista tudo pudesse alcançar.
tenho te observado arduamente durante já algum tempo, e tu vês que eu não te dou espaço; tenho os olhos colados em ti, e dali, não se vão desviar.
de uma maneira geral, até te poderia considerar um bom actor, sem dúvida. Está tudo certo; as falas, os gestos, as atitudes e até mesmo os olhares, onde demonstravas ter mais dificuldade.
aplaudo! rio!
instintivamente, toda a representação pára, acompanhada por uma expressão boquiaberta.
sem alternativa, ponho os olhos no papel que se encontrava no meu colo e anoto a minha primeira e inesperada crítica. Parar a representação no decorrer da peça? (-10)!! porque paraste tu afinal? o conteúdo pode ser dramático, mas a mim, apeteceu me rir.
o teu ar continua boquiaberto e continuas imovél. Então? procegue!! a peça é excelente!
neste impasse, ficamos assim, eu e tu; parados, eu na plateia, e tu no palco. tentas finalmente, conceber o improviso, mas não pega.
recosto-me na cadeira, e observo-te vivamente. estás atordoado, pois pensavas que a peça era tua e que dela, poderias passar-me a ideia de que já não precisavas de mim, para a conseguires interpretar.
mais uma vez, estás enganado.
quem escreveu a peça, fez dela um dueto, não um monologo. como podes tu tentar sozinho?
és um bom actor, repito, mas antes de decorares as falas, já eu as cantava. por isso, pára de me tentar enganar.
depois de relativamente algum tempo em que eu e tu e a nossa história eram o pisar do palco, o avançar das circunstâncias fez-me sair de cena.
estás tu, o palco e a cortina vermelha diante os meus olhos.
estou sentada, e como o habitual, escolhi o lugar onde a minha vista tudo pudesse alcançar.
tenho te observado arduamente durante já algum tempo, e tu vês que eu não te dou espaço; tenho os olhos colados em ti, e dali, não se vão desviar.
de uma maneira geral, até te poderia considerar um bom actor, sem dúvida. Está tudo certo; as falas, os gestos, as atitudes e até mesmo os olhares, onde demonstravas ter mais dificuldade.
aplaudo! rio!
instintivamente, toda a representação pára, acompanhada por uma expressão boquiaberta.
sem alternativa, ponho os olhos no papel que se encontrava no meu colo e anoto a minha primeira e inesperada crítica. Parar a representação no decorrer da peça? (-10)!! porque paraste tu afinal? o conteúdo pode ser dramático, mas a mim, apeteceu me rir.
o teu ar continua boquiaberto e continuas imovél. Então? procegue!! a peça é excelente!
neste impasse, ficamos assim, eu e tu; parados, eu na plateia, e tu no palco. tentas finalmente, conceber o improviso, mas não pega.
recosto-me na cadeira, e observo-te vivamente. estás atordoado, pois pensavas que a peça era tua e que dela, poderias passar-me a ideia de que já não precisavas de mim, para a conseguires interpretar.
mais uma vez, estás enganado.
quem escreveu a peça, fez dela um dueto, não um monologo. como podes tu tentar sozinho?
és um bom actor, repito, mas antes de decorares as falas, já eu as cantava. por isso, pára de me tentar enganar.